Começou na última quinta-feira (3) em Portugal a Festa do Cinema Francês. O evento celebra este ano seu 25° aniversário. Os 50 filmes programados, incluindo 17 pré-estreias, serão exibidos até 13 de outubro em Lisboa e até 30 de outubro em outras 9 cidades em todo o país.
Focada na produção cinematográfica recente, a Festa do Cinema Francês é uma iniciativa do Instituto Francês de Portugal. A programação é assinada pela brasileira Katia Adler, que assumiu a direção do evento 2019, quando se mudou para Lisboa. Ela levava na bagagem a experiência bem-sucedida do Festival de Cinema Brasileiro de Paris, que ela fundou e que este ano completou 26 anos, além de outros festivais de cinema brasileiro na França (Bordeaux) e no Canadá (Montreal e Toronto).
"Sílvia Balea, do Instituto francês, que trabalhou comigo muitos anos com o Festival de Cinema Brasileiro em Paris, me convidou para fazer uma proposta de festival para dar continuidade ao que tinha 20 anos. Eu fiz a proposta, fui selecionada e há 5 anos estou à frente aqui do festival francês", conta.
Para este ano de aniversário redondo, Kátia Adler afirma que as estreias como o "O Conde de Monte Cristo", de Alexandre de La Patellière e Mathieu Delaporte, são muito aguardadas. O filme de capa e espada, baseado na obra de Alexandre Dumas, abre o festival na noite desta quinta-feira "com ingressos esgotados". A sessão contará com a presença do ator Patrick Mille, que tem dupla nacionalidade francesa e portuguesa.
A Festa do Cinema, apontada pela imprensa portuguesa como o maior evento francês do país, bate recorde de público a cada ano. No ano passado, foram 22.000 espectadores em todo Portugal, sendo metade deles em Lisboa. "É uma programação intensiva, na qual o público português participa, mas também a comunidade francesa que tem aumentado cada vez mais aqui", relata.
O evento é uma prova da vitalidade do cinema francês no mundo, uma cinematografia que têm conquistado prêmios importantes recentemente como a Palma de Ouro, Oscar ou Urso de Ouro em Berlim. "O cinema francês é bem diverso. São mais de 300 longas-metragens feitos por ano e é uma produção que tem realmente público para tudo". Em Portugal, "o cinema francês, chega em segundo lugar na bilheteria", atrás apenas dos filmes americanos.
Fonte: RFI